Atos em Pádua pedem manutenção de verbas para educação

Alunos do IFF levaram cartazes para a frente da instituição. No Centro, estudantes da UFF protestaram em defesa da universidade.
(Foto: Reprodução/ IFF-Pádua)
   Em diversas cidades brasileiras, estudantes, trabalhadores da educação e sindicalistas se mobilizam  hoje (15) para protestar contra o bloqueio de verbas das universidades públicas e de institutos federais. Convocados por entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), os atos também criticam a possibilidade de extinção da vinculação constitucional que assegura recursos para o setor e a proposta de reforma da Previdência.

   Na região, houve atos em Santo Antônio de Pádua. Na Praça Pereira Lima, no Centro, professores e estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) mostraram para a população a importância do campus da universidade na cidade. Durante a manhã e tarde, foram exibidas exposições de diversos trabalhos desenvolvidos pelos universitários. Alguns estudantes também levaram cartazes a favor dos investimentos na educação. 

   Também em Pádua, alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFF) se mobilizaram em um ato em frente à instituição contra os cortes na educação. O grupo exibiu faixas e cartazes. Pela noite, houve uma reunião para apresentação do orçamento de 2019 como parte das atividades do dia de mobilização nacional.

   Em Itaocara, integrantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) estiveram no Calçadão do Centenário recolhendo assinaturas contra a reforma da Previdência. Ontem, o Sindicato dos Bancários protestou na cidade contra a reforma da Previdência em frente às agências da Caixa, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú e também recolheu assinaturas.
Estudantes protestam na Praça Pereira Lima, em Pádua (Foto: Reprodução/ Kizomba- Por uma nova cultura política)
MEC

   O Ministério da Educação (MEC) garante que o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos. O bloqueio de 30% dos recursos, inicialmente anunciado pelo MEC, diz respeito às despesas discricionárias das universidades federais, ou seja, aquelas não obrigatórias. Se considerado o orçamento total dessas instituições (R$ 49,6 bilhões), o percentual bloqueado é de 3,4%.

   O MEC afirma também que do total previsto para as universidades federais (R$ 49,6 bilhões), 85,34% (ou R$ 42,3 bilhões) são despesas obrigatórias com pessoal (pagamento de salários para professores e demais servidores, bem como benefícios para inativos e pensionistas) e não podem ser contingenciadas.

   De acordo com o ministério, 13,83% (ou R$ 6,9 bilhões) são despesas discricionárias e 0,83% (R$ 0,4 bilhão) diz respeito àquelas despesas para cumprimento de emendas parlamentares impositivas – já contingenciadas anteriormente pelo governo federal.

* Com informações da Agência Brasil

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