Em Cantagalo, Câmara rejeita cassar mandato Guga

Prefeito está terminando seu quarto mandato e foi acusado de quebra de decoro

   A Câmara de Cantagalo rejeitou cassar o prefeito Guga de Paula na última quinta-feira (17). A maioria (sete dos onze) dos vereadores decidiram que Guga deveria permanecer no cargo. Para ser afastado, seria necessário que a maioria absoluta do plenário votasse pela cassação, ou seja, oito dos onze vereadores, mas apenas quatro votaram pela acusação contra Guga.

   O processo foi semelhante ao que levou à cassação de Amarildo Alcântara, prefeito de São Fidélis, e Geyves Maia Vieira, prefeito de Itaocara, nos últimos meses. Amarildo foi acusado de quebra de decoro diante de um esquema de corrupção milionário no fundo de previdência. Geyves foi acusado de omissão diante de fraudes para realizar uma exposição agropecuária, adquirir testes de covid-19 e contratar uma clínica de fisioterapia quando o serviço já realizado por funcionários públicos. Já Guga, foi acusado de faltar com decoro diante do episódio em que o prefeito chegou a entrar com uma arma em mãos em um bar e ameaçar uma pessoa. Ele foi preso em flagrante, mas pagou fiança para responder em liberdade.

   Com a absolvição no processo da Câmara, Guga segue no cargo até o fim do ano. Prefeito de Cantagalo quatro vezes, ele não poderá tentar a reeleição este ano por já ter sido reeleito em 2020. A legislação brasileira permite que os chefes do executivo (prefeitos, governadores e presidentes) tentem a reeleição apenas uma vez, tendo que esperar o mandato subsequente para voltar a disputar as eleições.

Comentários