Itaocara registra aumento de casos de febre chikungunya em outubro e novembro

Doença é transmitida da mesma forma que a zika e a dengue

(Foto: Arquivo/Agência Brasil)
    Com o retorno do período chuvoso e proximidade com o verão, a proliferação de mosquitos aumenta bastante na maior parte do Brasil. Mas em Itaocara a situação já começa a ser de preocupação. O município vem observado o aumento de casos de Chikungunya a partir de outubro.

   Foram 15 casos notificados em outubro, dos quais 14 se confirmaram. Em novembro, até o dia 19, foram nove notificações, todas positivaram. Também ocorreram outras 17 notificações de dengue em outubro, das quais dois casos foram confirmados, e outras 37 em novembro, com um caso confirmado e outros 18 ainda sob suspeita. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Há pacientes de diferentes bairros e distritos, mas percebe-se uma incidência maior no bairro Caxias.

   A Chikungunya geralmente não é considerada grave, mas em casos raros pode até levar a óbito. A preocupação maior é que quem se infecta, desenvolve dores nas articulações tão intensas, que podem incapacitar a pessoa por meses. A Chikungunya também provoca sintomas semelhantes à dengue, como febre alta (39⁰C), dores no corpo, dores de cabeça, e com menos frequência também pode provocar vômito, manchas vermelhas pelo corpo e ínguas. No sangue, a Chikungunya derruba as plaquetas e os leucócitos. Normalmente a pessoa se recupera dentro de 3 a 5 dias, embora as dores nas articulações possam continuar por mais tempo. Cerca de 20% dos infectados relatam ainda sentir dores nas articulações após seis meses. Por isso, a doença preocupa bastante.

   As semelhanças com a dengue vão além da maioria dos sintomas. Até a forma de transmissão é a mesma: o mosquito Aedes Aegypti, que se reproduz onde há água parada.

   O setor de Vigilância Ambiental, da Secretaria Municipal de Saúde de Itaocara, informou que o último Levantamento de Índices Rápidos para o Aedes Aegypti (LIRAa) deu risco baixo no município no início de outubro. O levantamento obedece a um cronograma estadual. A questão é que nos dias seguintes começaram os primeiros casos. Os agentes relataram que passaram a encontrar mais focos nas casas, principalmente em pratinhos de plantas. Vasilhas e pneus em quintais com focos do mosquito também são comuns. Por isso a orientação é a mesma de sempre: todo mundo deve tomar cuidado para não deixar água parada.

   A Vigilância Ambiental reforça a campanha de que dez minutinhos por semana são importantes para verificar se há água parada em casa e com focos a serem eliminados. O setor também informou que já solicitou apoio à Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) antes que o surto possa se agravar nos meses de dezembro e janeiro, que costumam ser ainda mais úmidos. Ainda assim, a prevenção a partir da eliminação dos focos de água parada nas casas continua sendo a melhor opção.

Por Folha Itaocarense - Publicado às 7h40 - 21/11/2024

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