Mulheres ganham espaço na política e são prefeitas eleitas de Macuco, Miracema, Cantagalo e S. S. do Alto

Itaocara também passou a ter três vereadoras. Na legislatura anterior, eram duas.

Da esquerda para direita: Manuela em Cantagalo, Claudiane em S.S. do Alto, Michelle em Macuco e Alessandra em Miracema (Fotos: Reprodução/Facebook)

   As mulheres estão ganhando espaço na política, verdadeiramente. A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), exige que pelo menos 30% dos candidatos sejam do sexo oposto aos outros 70%. Mas a lei não abrange as chapas para prefeitos, nem mesmo as mulheres costumavam ter bons desempenhos e se elegiam para vereadoras. Mas estamos observando mudanças.

   Este ano, tivemos duas mulheres candidatas à prefeita em Itaocara. Cátia Sias (PRTB) e Mara da Zoza (PSOL). Na chapa do PSOL, a vice também é mulher, a servidora pública Célia Gonzaga. Elas não foram eleitas. Mas as candidaturas mostram que elas conseguem liderar grupos políticos.

   Em cidades vizinhas, mulheres foram eleitas prefeitas. Foi caso de São Sebastião do Alto, com Claudiane Pietrane, Cantagalo, com Manuela Teixeira, e Miracema, com Alessandra Freire. Será a primeira vez que mulheres assumirão o comando de Miracema e São Sebastião do Alto. Manuela já esteve prefeita interina de Cantagalo por algumas semanas no início deste ano, mas é a primeira vez também que o município elege uma mulher prefeita. Cardoso Moreira, que já tinha Geane Vincler à frente do Poder Executivo, foi reeleita, assim como Macuco, que reelegeu Michelle Bianchini. Michelle foi eleita vice-prefeita em 2020, mas virou prefeita a partir de 2022 com a renúncia de Bruno Boaretto para disputar as eleições para deputado estadual.

   A mudança também ocorre no legislativo. Apesar de a Lei das Eleições exigir pelo menos 30% de mulheres candidatas, as votações eram inexpressivas. Isso também vem mudando. Itaocara elegeu três vereadoras. Eram apenas duas na legislatura passada e só uma entre 2012 e 2019. São onze cadeiras na Câmara.

      No resto do Brasil, a presença feminina eleita nas câmaras municipais soma 19,9% em 2024. As mulheres eleitas eram 16% em 2020.

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